Apesar de constituir um país cultural e etnicamente diverso, fatores históricos que ainda estão enraizados na sociedade brasileira reproduzem preconceitos etnicos/raciais. Esses preconceitos são evidentes nos resultados da Pesquisa das Características Étnico-Raciais da População (PCERP), realizada pelo IBGE em 2008, que revela que para 63,7% dos brasileiros entrevistados a cor ou raça influencia na vida. Para eles(as) essa influência é mais evidente no âmbito laboral, sendo que o trabalho aparece em primeiro lugar dentre as situações nas quais a cor ou raça tem maior influência, com 71% das respostas.
A seguinte tabela ilustra, com dados da PNAD 2012, a diversidade étnica da população brasileira (constituída por 187,97 milhões de pessoas no momento da entrevista do IBGE): Por outro lado, uma vez que o mercado de trabalho aparece na percepção pública como o principal espaço de discriminação étnica/racial, na continuação se apresentam a média e a mediana (P50) da renda salarial mensal em reais das pessoas ocupadas (trabalhadores ativos no momento da entrevista em 2012). A tabela mostra uma superioridade salarial das pessoas de cor branca em relação com as pessoas das cores preta e parda e da raça indígena; com uma brecha salarial (da mediana) de R$250 e R$ 300 para as pessoas das cores preta e parda respectivamente.Outra forma de discriminação racial evidente na sociedade brasileira está representada pelo relativamente reduzido número de pessoas de cor/raça preta/parda/indígena inseridas no sistema de ensino universitário. Neste sentido, as seguintes tabulações ilustram – com dados da PNAD 2012 e PNAD 2003 – a escolaridade por nível de ensino dos brasileiros nesses períodos.Na primeira tabela (2012) podemos observar taxas de conclusão do ensino superior mais elevadas para as pessoas de cor branca (11,28%) e amarela (24,56%); em relação com as pessoas de cor preta (3,94%) e parda (3,79%) e de raça indígena (3,89%).
Analisando os dados de 2003 (tabela acima), podemos afirmar que depois de uma década a percentagem relativa de pessoas com curso superior completo aumentou significativamente (REUNI? PROUNI? FIES?). Em 2003, o percentual de pessoas de cor preta, parda e de raça indígena que concluíram o ensino superior foi de 1,74%, 1,49% e 1,32%, respectivamente. Para as pessoas de cor branca a PNAD também sugere uma maior democratização da educação superior, uma vez que em 2003 apenas 6,78% concluíram seus estudos de graduação.
mto bom este blog…
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